Movimento Trabalhismo 21

  Ivonei (Potter) Lorenzi* A CBF divulgou recentemente que a nova segunda camisa da seleção brasileira será vermelha. Como era de se esperar esse assunto dominou as redes sociais com direito a projetos de leis de deputados bolsonaristas¹   que proíbam a utilização de cores que não sejam da bandeira do Brasil em representações esportivas. Entre as polêmicas estão uma suposta utilização da cor vermelha, identifica com o socialismo e o PT, para doutrinação. Essa polêmica é mais uma "teoria terraplanista" de uma direita bolso-trumpista que finge respeitar os símbolos nacionais. É muito mais uma maneira de uma entidade política e politiqueira (a CBF) abafar os supostos casos de corrupção que a entidade está sempre acusada de ser envolvida e uma maneira da Nike lucrar diante de uma polarização que nada tem haver com luta de classes e só atrasa um grande debate e projeto nacional. ¹  https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/deputado-propoe-lei-para-proibir-selecao...

O 1° de abril marca a história brasileira como a data em que lembramos o início da ditadura civil-militar que se adonou do país por 21 anos. A ditadura se articulou como um complô que uniu militares de inspiração fascista com grupos empresariais rancorosos, inimigos do povo (muitos seguem aí nos dias atuais!).  Apesar da narrativa comum, de que o golpe militar de 1964 foi contra o "avanço comunista", a verdade é que os setores mais estúpidos das elites se organizaram contra o projeto trabalhista. Esses setores não queriam o povo livre. A suposta "luta contra o comunismo" era mais uma retórica para atrair setores idiotizados da classe média.  No início de 1964, as Reformas de Base ganhavam força com o presidente João Goulart. No campo, as Ligas Camponesas, lideradas por Francisco Julião, lutavam pela reforma agrária. No Congresso Nacional, o ex-governador do RS Leonel Brizola, articulava políticos, trabalhadores e estudantes em todo país contra o imperialismo estadun...