UM BRASIL SEM DIVISÕES REGIONAIS
Ivonei (Potter) Lorenzi* Com a divulgação dos resultados eleitorais de 2022 as redes sociais foram tomadas por discursos de ódio e divisionismo. Mais uma vez os nordestinos foram acusados de serem vadios que se venderam para o PT e os sulistas de serem fascistas que odeiam pobres. Análises superficiais que beiram aos mais antidemocráticos pensamentos voltaram ao debate, se podemos chamar isso de debate, invadindo os meios virtuais, após o lamentável caso de trabalho escravo em Bento Gonçalves e as declarações criminosas do vereador da direita populista, Sandro Fantinel. A primeira falha nessas análises acéfalas e superficiais é que tanto o baiano que votou no Lula, quanto o gaúcho da Serra que votou no Bolsonaro, são conservadores nos costumes. Outro ponto é que as recentes críticas ao reajuste do salário mínimo, de apenas 18 reais, mostram como o brasileiro segue estatista na economia, mesmo que o ideal terraplanista do neoliberalismo esteja em alta. Se Bolsonaro se afastasse d