A Ilusão do “Voto na Pessoa, não no Partido”
Por Ivonei Lorenzi Júnior (Potter) - Caxias do Sul
O eleitor brasileiro costuma manifestar que vota na pessoa e não no partido pelo qual o candidato se apresenta. Partindo dessa visão muitas pessoas fazem uma verdadeira salada de fruta na hora de escolher seus candidatos para o executivo e legislativo e acabam votando sem saber em um projeto de estado ou governo com o qual não concordam.
Um caso específico é o de 2014 quando muitas pessoas votaram no candidato Aécio Neves, acreditando estar votando nele, e não no projeto de poder tucano, além de não se sentirem responsáveis por votar num partido com inúmeros casos de corrupção, pelo simples fato de estarem votando na pessoa do Aécio Neves.
Partidos políticos são movidos pela disputa política do poder e norteados por diretrizes ideológicas (sim, as ideologias existem ainda). As executivas nacionais estabelecem diretrizes pelas quais o partido será orientado e qual será o modelo de gestão onde o partido for governo. Há casos de direções estaduais e também de políticos que tentam se posicionar contra as diretrizes estabelecidas pelo diretório nacional, fazendo oposição internamente ao grupo político que comanda a agremiação naquele momento. Essa oposição ao grupo dominante pode acarretar expulsão ou suspensão de filiados, e até intervenção para desmembramento de executivas municipais.
Os partidos do segmento progressista, como PCdoB e PT, aparentam ter mais uma linha de gestão e postura política de mesmo estilo, se comparados entre si, maior do que os partidos do campo da direita. Isso é um engano, pois partidos como MDB, PSDB e DEM também tem planos de governo e linha de atuação muito semelhantes. O eleitor comum não precisa aceitar passivamente esta imposição relativa à ideologia dos partidos políticos, mas deve compreender que quando vota numa pessoa esta votando num partido ao qual ela está atrelada. Compreende isso o eleitor deve buscar votar no projeto mais próximo do seu ideal e cobrar dos políticos eleitos independentes de quem for eleito. O eleitor deve pressionar também os dirigentes partidários para mudar seu modus operandi se não estiver condizente com aquilo que seu partido preconiza.
Não existe “salvadores da pátria” na politica, existe projeto político. Os que prometeram ser “salvadores da pátria”, em muitas ocasiões relatadas pela história, deixaram um saldo de milhões de mortes.
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