Pandemia e saneamento
É histórico o deficit de saneamento no Brasil. Ao longo de décadas de urbanização desorganizada, milhões de família não tem acesso a água potável e esgoto tratado.
Essa situação se agrava ainda mais diante da mortal pandemia de COVID-19.
Nesta quarta, dia 24 de junho, o Senado aprovou o Marco do Saneamento Básico (infelizmente com voto favorável do senador Cid Gomes do PDT). Esse marco traz a iniciativa privada para atuar no setor de saneamento. Em outras palavras, torna o setor de saneamento uma mercadoria, que agora pode ser comprada e vendida.
É no mínimo curioso que esse projeto seja aprovado justamente num período tão terrível de pandemia no Brasil. O capital só pensa em lucrar! E os senadores que aprovaram o Marco não pensam na população, só pensam em dar segurança para que o capital multinacional (e seus subordinados nacionais) possa explorar o saneamento! Se os senadores que votaram a favor do Marco do Saneamento se preocupassem com a população criavam instrumentos para o próprio Estado (estados e municípios) pudesse fornecer serviços de qualidade. Saneamento não pode ser tratado como mercadoria!
Abrir espaço para a privatização do saneamento não deu certo em lugar nenhum do mundo. O Chile e a Bolívia são exemplos. Mas no Brasil ainda há quem pense que tudo que deu errado no mundo vai dar certo aqui.
Lamentável e revoltante!
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