Geopolítica do Ódio: nova estratégia do 1% mais rico para nos dividir enquanto saqueiam o Brasil.
Cristiano Xavier*
Buenas! Se te soa convidativo a expressão popular “quem avisa amigo é” [...] “então a coisa mais importante para os brasileiros ‘preste atenção’ o mais importante é inventar o Brasil que nós queremos” foi a mensagem de Darcy Ribeiro que me convidou ao protagonismo de pensar um outro Brasil: que fosse soberano, solidário e sustentável. Daí porque escolhi escutar a “Alucinação” de Belchior como se fosse a canção da minha própria estória de vida, ainda a ser vivida e contada: pois “Eu sou apenas uma rapaz latino-americano” e busco, primeiro, “suportar o dia-dia” para, dia-dia, superá-lo! É por isto que, enquanto Geógrafo Descolonial, “Amar e mudar as coisas me interessa mais”.
Agora para inventar o Brasil que nós queremos ou amar e mudar as coisas é preciso colocar luz – de amor e conhecimento científico – sobre essa sombra – de ignorância que se manifesta de forma odienta – que recoloniza nossa soberania e retrocede nossa cidadania (desde 2013). Lembram das jornadas de junho de 2013: que foram aquelas manifestações que tomaram o país? Então, é aí o início desta crise que tem nos colocado uns contra os outros como se fossemos inimigos enquanto o 1% mais rico saqueia o nosso país.
Já notou que desde 2013 passamos a nos odiar e brigar uns contra os outros?
Percebeu que essas brigas sobre se os meninos vestem azul e as meninas rosa são distrações enquanto privatizam a preço de banana nosso patrimônio público e riquezas naturais – Petrobras e o petróleo, etc. – ao mesmo tempo em que extinguem nossos direitos – Reforma Trabalhista, da Previdência, etc. – sociais?
Se percebeu que existe algo errado então chegou a hora de você saber sobre o significado de alguns conceitos-chave: Geopolítica, Guerras Híbridas, Imperialismo, Neoliberalismo e Globalização. Pois, sem os quais, fica impossível entender as causas dessa crise estrutural que é intensificada pelas nossas históricas: dependência tecnológica, precária cidadania e desigualdade abissal.
As bases – Geopolítica – do desenvolvimento de qualquer nação é energia (território com água, solo, sol, vento – renováveis – e petróleo, minérios, etc. – não-renováveis – que o Brasil tem de sobra!) & informação (representada pelo desenvolvimento da ciência e tecnologia nacional: sobretudo no âmbito da 3ª e 4ª Revoluções Industrias que vai dos computadores, satélites, internet, etc. à biotecnologia e nanotecnologia) que o Brasil é impedido de desenvolver. Aqui já é possível apresentar “os lobos em pele de cordeiro” ou os nomes dos responsáveis por essa crise civilizatória a que fomos submetidos pelo 1%!
Os cúmplices do 1% estrangeiro é a “elite nacional ou o 1% mais rico do Brasil” que tem agido em conluio com os interesses internacionais mais obscuros: a do novo-velho imperialismo norte-americano que é o Estado através do qual o 1% mais rico – banqueiros e rentistas – impõe sua agenda a nós outros 99% (que somos quem trabalha e produz a riqueza coletiva que eles se apropriam privadamente). Mas como eles enganam 99% você deve estar se?
A resposta está na natureza Neoliberal dessa Globalização cuja dimensão bélica é a Guerra Híbrida.
Milton Santos já havia nos alertado em “Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal” sobre o mundo tal como nos fazem crer – a globalização como fábula –, sobre o mundo como ele realmente é – a globalização como perversidade – e, o mundo como ele pode ser – uma outra globalização ou que seja orienta às pessoas – ao contrário desta que se utiliza das técnicas – tecnologia – e do Estado – política – para nos impor uma mais-valia à escola global. Daí porque essa crise ser estrutural e sem fim uma vez que se estrutura em 2 pilares usados de forma tirânica – o dinheiro e a informação – na produção da história atual do Capitalismo Globalizado. Mas o Capitalismo do pior tipo: Capitalismo Financeiro.
A explicação bélica da Geopolítica dessa Globalização Neoliberal é compartilhada por Andrew Korkybko em “Guerras Híbridas: das Revoluções Coloridas aos Golpes de Estado”: “inicia-se com a implantação de uma Revolução Colorida” (segunda fase das manifestações de junho de 2013: jovens liberais do MBL e VemPraRua formado nas think thanks Neoliberais: a Atlas network ligada aos irmão Koch, a Fundação Estudar ligada a Jorge Lemann, o Instituto Millenium ligada a George Soros, Irmãos Marinhos e Paulo Guedes) “como tentativa de golpe brando que é logo seguida por um golpe rígido” através da Guerra Não-convencional (que é quando os EUA não usa seu exército, mas financia terroristas, paramilitares ou milícias corruptas). Bolsonaro é ligado a qual deles mesmo? Paulo Guedes é ligado a qual Instituto (ideologia) e pessoas? A quem tem servido o governo deles: a nós 99% ou ao 1%?
Já que as Redes Sociais – Facebook, WhatsApp, etc. – substituem as munições de precisão na Guerra Híbrida então aqui vai as nossas através de algumas dicas de vídeos (Youtube): A Globalização segundo Milton Santos: o mundo global visto do lado de cá e Sem estatal o Brasil não vai crescer
* Geógrafo, professor e militante do Movimento Solidariedade
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