A FLEXIBILIZAÇÃO DA FLEXIBILIZAÇÃO!

O Estado do Rio Grande do Sul registrou, nas últimas semanas, uma alta nos casos e internações por COVID. Esse aumento se deve a um fator: A incompetência e irresponsabilidade do governador Eduardo Leite (PSDB).

Eduardo Leite (PSDB) tem se mostrado um incompetente para lidar com a gravidade da pandemia. Desde o início da pandemia, e apesar de todos os alertas de autoridades, como infectologistas e pesquisadores, o governo não consegue dar condições para um isolamento social. De início, houve a "cogestão" das bandeiras de alerta nas regiões do estado. O resultado disso foi que prefeitos de vários municípios entravam na justiça para questionar os critérios adotados pelo governo, e logo conseguiram baixar a bandeira de vermelha para laranja e manter o comércio aberto. Ou seja, nunca houve, até agora, medidas reais de isolamento; falar em "flexibilização" é uma mentira: não houve rigidez nas medidas para que houvesse flexibilizações! Agora, o governador, tenta parecer sensato: limita a circulação em locais públicos, limitas reuniões de família e festas - mas libera as aulas presenciais! Qual a lógica de Eduardo Leite? 

As campanhas eleitorais também contribuíram para o aumento de casos e internações, uma vez que estão diretamente relacionadas com a abertura sem controle de comércios e serviços. Na prática, se pode concluir que os governos, estaduais e municipais, "flexibilizaram" justamente para poder realizarem suas campanhas. E agora o resultado está aí. 

Com o comércio aberto e campanhas acontecendo é obvio que a população sente uma "falsa volta ao normal"; por isso logo se notou movimentos em praias, bares, festas e parques. 

A pandemia é muito grave e séria. E chega ser lamentável muitos prefeitos se elegerem com a promessa de "abrir totalmente". Parece que desejam uma hecatombe. 

Quando os governantes vão entender que a pandemia só vai aliviar quando ficarmos pelo menos 2 meses em isolamento. E para ficar em isolamento, os governos precisam garantir que as pessoas fiquem em casa, que ganhem uma renda para ficar em casa; que os empresários também ganhem renda para manter seus negócios fechados, sem prejuízos de demitir trabalhadores. Quando mais o tempo passa, mais as pessoas ficam psicologicamente exaustas. Sem medidas sérias dos governos, não viveremos "ondas" da pandemia, mas ficaremos eternamente a deriva num oceano pandêmico - e só a vacinação em massa poderá nos livrar dessa deriva; e até lá, quantas mortes os governos vão facilitar?

O capitalismo mata!