MERCADO DO SECTARISMO POLITICO
Ivonei (Potter) Lorenzi*
O sectarismo politico não é apenas uma questão de fanatismo ou ilusão exagerada com uma liderança politica, também é muitas vezes uma questão de mercado. Empresas de mídia como a Jovem Pan e influenciadores digitais da direita alternativa veem no bolsonarismo uma forma de adquirir audiência e monetização através de visualizações nas mídias sociais
Uma militância organizada nas redes sociais como o bolsonarismo é um grande meio de adquirir engajamentos. Através de grupos de Whatsapp e no twiiter, bolsonaristas se organizam para acompanhar lives do jornalista Rodrigo Constantino e programas da Jovem Pan como "Os Pingos(panos) nos Is", por exemplo, e assim ouvirem o que desejam e não uma analise politica mais plural.
À esquerda, que aparenta ainda não entender certas coisas, também tem atitudes sectárias como uma campanha em que defende que esquerdistas devem comprar apenas de esquerdistas. Essa vivencia numa bolha prejudica uma inserção do campo popular em setores que já votaram no PT e hoje apoiam o Bolsonaro como o pequeno comerciante.
O sectarismo e falar apenas dentro de uma bolha pode gerar muito lucro, uma fatia no mercado das comunicações (no ocidente, tudo é mercado) e venda de sua mercadoria para um grupo seleto. Porem com o tempo as pessoas podem mudar de opinião, o brasileiro só não troca de time, e tal ideologia ou politico na moda pode perder força com o tempo.
Muitos que ganham a vida com o mercado do sectarismo no futuro podem ficar a ver navios e serem esquecidos. E não devemos esquecer as ilusões que as redes sociais criam, tornando qualquer um celebridade.
* Acadêmico de História. Trabalhismo 21 - Caxias do Sul.
Muito bom! "E não podemos esquecer as ilusões que as redes sociais criam, tornando qualquer um celebridade."
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