Não Podemos Esquecer o Governo Michel Temer

 Ivonei (Potter) Lorenzi*


Povo que não conhece a própria história está fadado a repeti-la. Essa frase é como vinho e está cada dia mais atual. O governo Michel Temer (2016-2018) não pode ser esquecido como os governos de transição de Café Filho, estabelecido após a morte de Vargas, e o governo Itamar Franco, ao qual não é dado seus devidos méritos.

Michel Temer, além de usurpar o poder, estabeleceu um governo que contemplava criminosos conhecidos em seus ministérios. Deu o pontapé inicial da reforma da previdência, aprovando também a danosa reforma trabalhista. O centrão (direitão) saiu ainda mais fortalecido desse governo, tanto que atualmente se amalgamou ao desgoverno Bolsonaro.

A reforma administrativa, bem como, as privatizações dos Correios e da Petrobras, dentre outras medidas danosas ao Brasil, só não avançaram mais graças aos tumultos que aliados e os filhos do Bolsonaro criaram, dificultando um debate do executivo com o legislativo, somados à postura negacionista sobre o Covid-19 que fez o presidente perder apoio popular.

Temer saiu do governo sendo preso alguns dias após. Logo foi solto e hoje atua como um conselheiro informal do Planalto, exercendo grande influência sobre os caciques do MDB e do centrão.

Temer deve ser lembrando por ter feito um governo que abriu de vez as portas para o avanço do neoliberalismo, favorecendo a eleição de um “salvador da pátria” (de mentirinha). Foi um político sem escrúpulos, e perdeu a oportunidade de se habilitar como politico moderador, conforme exigia a ocasião.

Pior que um deputadinho de baixo clero, que atua como se estivesse num churrasco na laje, é um politico discreto, com falas brandas e ares de defensor da democracia representativa.


* Acadêmico de História. Trabalhismo 21 - Caxias do Sul. 





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