UNIVERSIDADE PÚBLICA PARA ALUNO DE ESCOLA PÚBLICA - Uma luta justa e necessária

Ao longo de décadas a educação pública superior no Brasil ficou reservada a jovens de classe média, média alta e ricos. Apesar de alguns avanços nas últimas décadas, as universidades públicas federais, que são reconhecidas internacionalmente em relação a qualidade em ensino e pesquisa, não tem muito espaço para jovens de classe média baixa e pobres. Esse modelo acabou criando uma grande contradição: enquanto jovens que tem dinheiro cursam as universidades públicas praticamente de graça, os jovens mais pobres precisam trabalhar e se endividar nas universidades privadas para conseguir um tão sonhado diploma.

Esse modelo precisa acabar!

É mais que urgente que a juventude, professores universitários e o movimento estudantil lutem para que as universidades públicas sejam exclusivamente para alunos de escola pública! E pelo fim do segregacionismo do vestibular!

Já é hora de estabelecer um compromisso com a sociedade: que somente tenham vagas garantidas nas universidades públicas aqueles que cursaram todo ensino fundamental e médio em escolas públicas. 

Caso os filhos dos ricos queiram vagas numa universidade pública, que matriculem seus filhos em escolas públicas desde o primeiro ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio. A curto e médio prazo, colocar o filho do pobre e do filho do rico na mesma escola é uma forma da população (independente de sua classe social) pressionar o poder público para que as escolas públicas melhorem em estrutura e qualidade (passando por bons salários para professores e prédios com salas de aula mais confortáveis). Isso também vai pressionar os governos a ampliar mais vagas nas universidades federais. 

Alguns ingênuos podem até questionar: mas existem as vagas "universais" em universidades federais. Vagas "universais" dentro das enormes desigualdades sociais que o Brasil acumula em séculos é o mesmo que falar no mito da meritocracia, na prática a realidade é bem diferente. Não existe mérito quando a desigualdade é imensa! 

Outros ainda podem argumentar: mas então que se adote o critério da renda. Esse critério é interessante, mas sozinho só resolve uma parte do problema. O que defendemos é algo mais amplo, que envolve escolas públicas e universidades públicas. Não basta pensar apenas no ensino superior, o ensino básico também precisa ser levado em conta.


Do jeito que está não pode ficar. Universidade pública para aluno de escola pública já!




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